Economia

Nova regra fiscal pós-teto de gastos pode abrir espaço para queda nos juros, diz Lira

O presidente da Câmara afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem o ‘respaldo’ da Casa sobre o novo marco

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ligou nesta quinta-feira 22 o novo arcabouço fiscal, a ser apresentado pelo governo Lula para substituir o teto de gastos, a uma possível redução na taxa de juros pelo Banco Central.

Lira afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem o “respaldo” da Câmara sobre o novo marco fiscal. Avaliou, ainda, que o petista vem “tentando chegar a um texto equilibrado”.

Na quarta 22, o Comitê de Política Monetária do Banco Central ignorou apelos do governo e de setores da sociedade pela queda na Selic e manteve o índice em 13,75% ao ano.

“Com o arcabouço votado, o Copom vai ter instrumentos. Porque o Copom não pode fazer uma análise, penso eu, em cima da perspectiva de um texto que sequer foi apresentado”, alegou Lira. “Mas, se o texto é apresentado, o texto vem bom e o Congresso vota, o Copom vai ter instrumentos para começar a fazer a indicação da baixa de juros responsável.”

O deputado defendeu, por fim, “um armistício”, por entender que “as turbulências só prejudicam a análise da demanda de alta de juros”.

Haddad, por sua vez, classificou como “muito preocupante” o comunicado emitido pelo Banco Central ao anunciar a manutenção da taxa de juros. O texto divulgado pela instituição não sinalizou eventuais cortes em um futuro próximo. Mais do que isso, abriu caminho para uma nova alta na Selic. O Copom apontou que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

“Eu considerei o comunicado preocupante, muito preocupante”, disse Haddad na quarta-feira. “O comunicado deixa em aberto, no momento em que a economia está se retraindo e o crédito está com problema, a possibilidade de uma subida da taxa de juros, que já é hoje a mais alta do mundo.”

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