Economia
Monopólios e meio ambiente
A concentração de mercado dificulta as políticas de preservação dos biomas e de combate ao aquecimento
O estudo das relações entre estruturas econômicas e meio ambiente vive um momento bastante paradoxal. Sobre as medidas de pouco impacto prático, as compensatórias, faz-se muito alarde e ruído. Para as verdadeiramente transformadoras, como as medidas estruturais, os ouvidos parecem absolutamente moucos.
Vejamos em primeiro lugar a questão das estruturas. A esse respeito, parece que vivemos ainda na crença, difundida nos anos 1960, de que monopólios (ou oligopólios) seriam bons ou ao menos neutros em relação ao meio ambiente, se comparados a estruturas econômicas menores e mais diluídas. Segundo a conhecida e simplista tese de Buchanan (External Diseconomies, AER59, 174-177), a ineficiência alocativa dos monopólios diminuiria o impacto ambiental por criar ineficiência alocativa (menos consumo a maior preço).
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