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O principal erro das Forças Armadas no 8 de janeiro, segundo Múcio
O ministro também afirmou que o comandante do Batalhão da Guarda Presidencial do Exército, coronel Paulo da Hora, poderá ser punido
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta terça-feira 24 que o principal erro dos militares foi permitir que os ônibus repletos de manifestantes golpistas desembarcassem em frente ao quartel-general do Exército na véspera dos atos terroristas de 8 de janeiro.
Na ocasião, a Força já era comandada pelo general Júlio César Arruda, exonerado no último sábado pelo presidente Lula (PT) e substituído pelo general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
“Se você perguntar qual foi o erro, foi permitir que as pessoas que vieram nos 130 ônibus para Brasília pudessem entrar no acampamento”, resumiu Múcio à GloboNews. “Se ficasse do lado de fora, se tivesse ficado numa praça qualquer, o problema é da polícia do GDF. Como entrou no território do Exército, parece que aqueles 200 se multiplicaram e viraram 5 mil.”
O ministro também declarou que o comandante do Batalhão da Guarda Presidencial, coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, poderá ser punido pelo Exército caso se comprove que ele não agiu corretamente para conter os golpistas que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto.
Um vídeo gravado no palácio mostra Hora discutindo com agentes da Polícia Militar durante a ação violenta dos bolsonaristas.
“Esse próprio vídeo eu entreguei, porque mandaram para mim, e está sendo investigado”, garantiu Múcio. “A minha preocupação e do presidente também é punir quem não merece, mas punir quem merece. Se for provado, ele será condenado.”
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