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Servidor que denunciou o caso Covaxin no governo Bolsonaro é reintegrado à Saúde

Luis Ricardo Miranda e seu irmão apontaram irregularidades na negociação por 20 milhões de doses do imunizante indiano

O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, em depoimento à CPI da Covid. Foto: Pedro França/Agência Senado
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O servidor público Luis Ricardo Miranda, que denunciou à CPI da Covid supostas irregularidades na negociação de vacinas pelo governo de Jair Bolsonaro, foi reintegrado ao cargo de assessor na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.

Após as denúncias, o servidor foi ameaçado e perseguido por bolsonaristas. Ele e o irmão, o ex-deputado federal Luis Miranda (União-DF), revelaram à CPI um esquema ilegal para a contratação de doses do imunizante indiano Covaxin. A vacina estava sendo negociada mesmo sem aprovação da Anvisa.

Os dois irmãos ainda afirmaram ter alertado o então presidente Jair Bolsonaro sobre as supostas ilegalidades. O encontro, segundo os relatos, aconteceu no Palácio da Alvorada. A dupla também disse que, após receber documentos que comprovariam o esquema, o ex-capitão teria citado o nome do deputado Ricardo Barros (PL-PR).

Dias depois do depoimento de Miranda à CPI, o Ministério da Saúde suspendeu o contrato da vacina indiana.

As denúncias dos irmãos Miranda também municiaram investigações contra Bolsonaro, como o inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal para apurar se ele havia cometido prevaricação. Em abril de 2022, porém, a ação foi arquivada a pedido da Procuradoria-Geral da República.

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