CartaExpressa
Em ato de pré-campanha, Bolsonaro exalta Ustra e chama o torturador de ‘velho amigo’
‘Eu não podia deixar um velho amigo que lutou por democracia e teve a reputação quase destruída sem ser citado naquele momento’, disse o ex-capitão
Em evento do PL com forte caráter eleitoral neste domingo 27, o presidente Jair Bolsonaro voltou a homenagear o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, a quem dedicou, em 2016, o voto a favor do golpe contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.
“Eu não podia deixar um velho amigo que lutou por democracia e teve a reputação quase destruída sem ser citado naquele momento. A história não se pode mudar. A história é uma só. E ela foi benéfica conosco. E aquela pessoa eu tinha por dever de consciência apresentar”, disse o ex-capitão durante o “Movimento Filia Brasil – É com ele que eu vou”.
Ao atacar a oposição de esquerda, especialmente o PT e os governos de Lula e Dilma, Bolsonaro afirmou que “os mais jovens podem não conhecer o passado, mas os pais e avós têm obrigação de mostrar para onde o Brasil estava indo, bem como vivem os jovens em outros países, como a Venezuela”.
Além disso, em mais uma crítica indireta a ministros do Supremo Tribunal Federal, o presidente declarou que “em Brasília poucos podem muito, mas nenhum deles pode tudo”.
Até a última terça-feira 22, o material publicado nas redes sociais do PL marcava para este domingo o “Lançamento da pré-candidatura do presidente Bolsonaro”. Mas, na quarta 23, os canais da legenda passaram a divulgar cartazes convidando para um “Movimento Filia Brasil – É com ele que eu vou”. Tudo por receio de que houvesse a caracterização de crime eleitoral.
Relacionadas
CartaExpressa
Bolsonaro recebe alta após 12 dias internado
Por CartaCapitalCartaExpressa
Jorge Seif pede licença saúde do Senado
Por CartaCapitalCartaExpressa
MP recebe mais de 600 denúncias sobre produtos com preços abusivos no RS
Por CartaCapitalCartaExpressa
Número de mortos no Rio Grande do Sul vai a 155; desaparecidos somam 94
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.