Política

Evangélicos têm resistência em confiar no presidente, diz pesquisa

Entre o grupo, a avaliação da gestão petista é ruim ou péssima para 32% dos entrevistados

O ex-presidente Lula (PT) durante encontro com evangélicos. Foto: Ricardo Stuckert
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Pesquisa Ipec divulgada neste domingo 19, mostra que os evangélicos têm maior resistência em confira na nova gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No grupo, que representa mais de um quarto da população brasileira, 31% classifica o governo petista como bom ou ótimo, 32% analisam como regular e outros 32% classificam como ruim ou péssimo.

A desaprovação do novo governo também é maior entre as comunidades evangélicas. Entre eles, 41% têm percepções positivas da gestão, enquanto 24% avaliam mal a administração de Lula.

Os números apontam uma resistência entre os evangélicos de confiar na gestão petista, reflexo das desinformações divulgadas durante o período eleitoral, que traziam falsas informação como a de que Lula fecharia igrejas evangélicas caso fosse o novo presidente.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a Presidência com alto índice de aprovação entre o grupo. Pelo menos a metade dos evangélicos avaliavam a gestão bolsonarista como boa ou ótima.

No entanto, a avaliação da comunidade religiosa está muito próxima da avaliação geral do governo petista, que foi avaliada positivamente por 41% dos entrevistados.

Os dados ainda indicam que os evangélicos são o grupo que mais desconfiam do presidente. Enquanto 53% da população geral declara confiar no petista, entre os religiosos 58% diz não confiar no Chefe do Executivo.

Durante os primeiros meses de gestão, Lula fez poucos esforços para reconquistar a confiança do grupo. Nesta semana, voltou a circular nas redes sociais um vídeo em que o líder da Igreja Universal, bispo Edir Macedo, afirma que o presidente foi ingrato com a comunidade, já que não teria recebido nada em troca das orações direcionadas à Lula quando enfrentava um câncer.

A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 6 de março de 2023, com 2 mil pessoas de 128 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

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