Política

Em documento, PT diz que antigos adversários são bem-vindos para ‘derrotar o neoliberalismo’

O diretório nacional da legenda divulga a resolução um dia depois de Geraldo Alckmin, provável vice de Lula, se filiar ao PSB

Foto: Divulgação Lula/Ricardo Stuckert
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O diretório nacional do PT divulgou, nesta quinta-feira 24, uma resolução na qual afirma que antigos adversários são bem-vindos na aliança encabeçada por Lula para derrotar Jair Bolsonaro nas eleições de outubro.

A publicação vem à tona um dia depois de o ex-tucano Geraldo Alckmin, que disputou a Presidência contra Lula em 2006, se filiar ao PSB e dar um passo decisivo para ser confirmado como vice do petista neste ano.

“Quem outrora não esteve conosco é mais do que bem-vindo a participar deste movimento que devolverá a cadeira de presidente da República ao povo brasileiro”, diz trecho do documento.

O comando petista afirma que o partido seguirá “dialogando com os outros partidos de oposição ao governo Bolsonaro no sentido da ampliação do campo de apoio à candidatura de Lula.

Ponderou, no entanto, que “a candidatura de Lula deverá trazer, já na composição da chapa de presidente e vice-presidente, a ampliação e a unidade que se espera das forças de oposição ao governo nesta quadra da história, respeitando os compromissos programáticos antineoliberais“.

“Conclamamos a unidade dos setores democráticos ao redor não apenas de uma candidatura à presidência da República, mas também de um movimento político e social que derrote o neoliberalismo, Bolsonaro e o bolsonarismo”, declara ainda o diretório nacional do PT.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta indica que Bolsonaro recuperou parte do terreno perdido para Lula. O petista, porém, segue firme na liderança do levantamento.

No principal cenário, Lula aparece com 43% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 26%. Na terceira via, Sergio Moro marca 8%, enquanto Ciro Gomes chega a 6%. O pelotão inferior tem João Doria e André Janones, com 2% cada, e Vera Lúcia, Simone Tebet e Luiz Felipe D’Ávila, com 1% cada.

No segundo turno, Lula continua a liderar todos os cenários projetados, mas a vantagem sobre os adversários caiu.

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