Política
‘Não se faz programa de governo em motociata ou em cima de jet ski’, diz Alckmin
Em evento de lançamento de diretrizes para o futuro governo, ex-governador criticou os desmontes promovidos por Jair Bolsonaro
O pré-candidato a vice-Presidência da República na chapa de Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta terça-feira 21 que não é possível elaborar um plano de governo democrático sem participação popular
“Não se faz um programa de governo democrático em cima de motociata e jet ski”, disse o ex-governador em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL). “É preciso ouvir a população e dialogar”.
As declarações foram dadas durante evento que divulgou o programa de diretrizes da chapa para um eventual governo a partir de 2023. Alckmin reforçou ainda a necessidade de uma reconstrução nacional, com compromisso com aqueles mais necessitam.
“Tivemos um verdadeiro desmanche do Estado em todas as áreas, quase um processo de destruição: saúde, educação, cultura, meio ambiente, cultura e direitos humanos”, declarou. “O primeiro compromisso é aquele com quem mais necessita, com quem perdeu o emprego, com quem passa fome e com quem foi levado de volta para a miséria”.
O candidato ainda destacou a perda do poder aquisitivo com o atual salário mínimo e destacou os bons resultados nos tempos dos governos do PT.
“Este triste presidente será o único da história que deixará como legado um salário mínimo menor, em termos reais, do que quando entrou”, disse. “Com o presidente Lula, o salário mínimo valorizou 74%. Hoje, mais de 70% dos aposentados e pensionistas do INSS ganham um salário mínimo. Isso sem mencionar a situação dos trabalhadores”, completou.
Sobre a economia, Alckmin apontou a importância de se ter políticas adequadas e corretas, que resultem em um crescimento não exclusivamente numérico.
“Um crescimento inclusivo. Que você cresça, mas distribua a renda, melhore o salário, incorpore instrumentos tributários que permitam mais justiça social, evitando concentração. Um crescimento com estabilidade”, defendeu.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.