Política
O fiel da balança
O Rio de Janeiro é estratégico para a vitória de Lula no primeiro turno, mas o campo progressista não consegue se entender
O Rio de Janeiro sempre esteve no centro da vida política brasileira. Exceção feita aos períodos de ditadura, o estado historicamente foi palco de renhidas disputas locais ou nacionais que definiram os rumos políticos do País. Neste ano, mais que nunca, entender a disputa local não é tarefa para principiantes. Em meio à polarização entre Lula e Bolsonaro, a briga pelo governo estadual e pelo Senado provoca movimentações e atritos tanto à esquerda quanto à direita e mantém o quadro indefinido às vésperas do início oficial da campanha.
A tensão nas negociações é redobrada, pois o Rio, terceiro maior colégio eleitoral do País com 12,4 milhões de eleitores, será decisivo para uma eventual definição da eleição no primeiro turno. Pesquisa divulgada pelo Ipec, em julho, mostra uma disputa acirrada: 41% das intenções de voto para Lula e 34% para Bolsonaro.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.