Política

‘Vamos às últimas consequências’, diz Bolsonaro após Moraes rejeitar pedido sobre suposta fraude em rádios

O ex-capitão usou o episódio como justificativa para sua derrota no 1º turno

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira 26 que recorrerá da decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, de rejeitar um pedido para investigar supostas irregularidades em inserções eleitorais por emissoras de rádios.

“Da nossa parte, iremos às últimas consequências dentro das quatro linhas da Constituição para fazer valer o que as auditorias constataram”, afirmou o ex-capitão em entrevista coletiva em frente ao Palácio do Planalto.

Em sua decisão, Moraes declarou que “não restam dúvidas de que os autores –  que deveriam ter realizado sua atribuição de fiscalizar as inserções de rádio e televisão de sua campanha – apontaram uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova”.

O ministro acionou o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, a fim de apurar “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito” por parte da campanha de Bolsonaro. Também determinou o envio do caso ao Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Inquérito das Milícias Digitais.

Bolsonaro alegou que sua campanha forneceu as provas solicitadas e que “isso [suposta fraude nas rádios] interfere na quantidade de votos no final da linha”. Ele usou o episódio como justificativa para sua derrota no primeiro turno.

“Não existe outro fator que a gente possa levar em conta neste momento. O senhor presidente do TSE recebeu as provas no tempo hábil, o nosso pessoal virou a noite trabalhando nisso. Nos surpreende o senhor Moraes simplesmente inverter o processo”, completou o presidente.

O primeiro documento sobre a suposta fraude chegou às mãos de Moraes ainda na segunda-feira 24. Na avaliação do magistrado, porém, os fatos narrados “não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo ‘relatório de veiculações em Rádio’, que teria sido gerado pela empresa ‘Audiency Brasil Tecnologia’”.

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