Política

Lula promete volta do Minha Casa Minha Vida e diz não ter medo de ‘dívida do governo’

O petista se reuniu com empresários do ramo da construção civil em São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante evento com empresários da construção civil. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu restaurar o Minha Casa Minha Vida, programa habitacional das gestões petistas, e defendeu o endividamento do Estado para a construção de obras de infraestrutura.

A declaração ocorreu durante encontro com empresários do ramo da construção civil, nesta terça-feira 23, em São Paulo. Lula estava ao lado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ex-ministro Aloizio Mercadante (PT).

Na ocasião, Lula recebeu uma pauta de reivindicações dos empresários que será entregue a todos os outros candidatos à Presidência da República. O petista disse que um de seus primeiros atos como presidente será retomar o Minha Casa Minha Vida como “programa de governo”.

“A gente sabe da necessidade de adequar a taxa de juros à possibilidade de sobrevivência de quem quer fazer investimento. E a mesma coisa é a capacidade de fazer financiamento do Estado”, declarou o ex-presidente. “O Estado precisa se cercar de possibilidade econômica e utilizar os seus bancos para ajudar, ou através do orçamento da União, ou através do financiamento, a garantir que as casas sejam construídas […].”

Lula também mencionou a pretensão de realizar uma reunião com todos os governadores para elencar os projetos de infraestrutura prioritários em cada unidade federativa. Além disso, o petista projetou dar sequência a obras que estão paradas e criticou a descontinuidade do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC.

Em outro trecho do discurso, o presidenciável defendeu uma reforma na política tributária “que possa garantir mais justiça na política de Imposto de Renda”. O petista também disse prever um novo endividamento do Estado.

Segundo ele, é possível adquirir novas dívidas em um cenário em que o governo consiga transmitir “credibilidade”, “previsibilidade” e “estabilidade”.

“Eu não tenho medo de dívida do governo”, afirmou. “É como vocês fazem, empresários. Muitas vezes vocês são obrigados a se endividar para poder fazer as empresas de vocês crescerem ou para atenderem mais o mercado. O Estado é a mesma coisa. […] Dinheiro em caixa não é bom, dinheiro bom é dinheiro em obra, em investimento, rendendo trabalho, rendendo salário e rendendo desenvolvimento.”

Lula também aproveitou a oportunidade para enaltecer a escolha de Alckmin como seu vice. O petista disse que a parceria comprova que adversários podem não ser “inimigos” e ter uma “relação civilizada”. Ele também exaltou a experiência do ex-tucano como governador de São Paulo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo