Política
CPI do MST aprova requerimento de Salles e convoca Rui Costa, ministro de Lula
A base governista reagiu, mas não evitou a aprovação. ‘É um absurdo’, afirmou Gleisi Hoffmann (PT-PR)
A CPI do MST aprovou nesta terça-feira 1º a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. O requerimento partiu do relator da comissão, o deputado Ricardo Salles (PL-SP).
Na justificativa, Salles alegou que Costa, em seus dois mandatos como governador da Bahia, “não empreendeu esforços para impedir atos de invasões de terra nem para garantir a propriedade privada”.
“Dessa feita, seja por suas atribuições enquanto Governador do Estado da Bahia seja por seu papel enquanto Ministro-Chefe da Casa Civil, Sr. Rui Costa deve ser convocado a fim de prestar esclarecimentos nesta Comissão Parlamentar de Inquérito”, diz o requerimento.
O documento foi aprovado por 14 votos a 10. A tentativa de convocar Rui Costa havia entrado na pauta em julho, mas foi adiada graças a um acordo entre os deputados.
“Não tem lógica o ministro da Casa Civil vir falar nessa CPI, que nem tem objeto, para falar sobre nomeações do governo”, reagiu a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). “Esse requerimento é um absurdo.”
Alencar Santana (PT-SP), vice-líder do governo, declarou que a convocação não tem “qualquer sentido”.
Na segunda-feira 31, o MST ocupou mais uma vez as instalações da Embrapa em Petrolina (PE). A desocupação, porém, ocorreu horas depois, após o movimento chegar a um acordo com o governo federal.
No diálogo com o movimento, o Ministério do Desenvolvimento Agrário se comprometeu a apresentar uma relação de áreas de terras devolutas em Pernambuco.
Segundo o movimento, o governo também assumiu o compromisso com a construção de soluções para:
- a desapropriação de terras de usinas falidas;
- evitar despejos de áreas de assentamentos já constituídos, em particular os da Zona da Mata Sul;
- resolver os conflitos em Amaraji, sobre os engenhos da Rede Grande e Devaneio;
- a criação de projetos de desenvolvimento na área da comercialização de alimentos das áreas da reforma agrária;
- a recriação da superintendência do Incra de Petrolina.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.