Mundo
Lula chega aos EUA e prepara reuniões com Biden e Bernie Sanders
O petista está hospedado na Blair House, mansão próxima à Casa Branca onde o presidente norte-americano costuma receber líderes estrangeiros
O presidente Lula (PT) chegou a Washington no fim da tarde desta quinta-feira 9. Na sexta 10, ele terá uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O petista já está hospedado na Blair House, mansão próxima à Casa Branca onde Biden costuma receber líderes estrangeiros.
Antes do encontro com o presidente, Lula deve se reunir com o senador democrata Bernie Sanders e com representantes da Federação Americana de Trabalho e do Congresso de Organizações Industriais.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a pauta do encontro com Biden terá três temas centrais: democracia, direitos humanos e meio ambiente.
“O principal elemento a destacar dessa visita é seu caráter político, a simbologia de ocorrer logo de início do mandato do presidente Lula”, afirmou na última terça-feira 7 Michel Arslanian Neto, secretário para a América Latina e o Caribe do Ministério das Relações Exteriores.
A Casa Branca indicou que serão discutidos “o apoio inabalável dos Estados Unidos à democracia no Brasil” e “os desafios comuns” dos dois países, assim como “a mudança climática, a segurança alimentar, o desenvolvimento econômico, o reforço da paz e da segurança e as migrações regionais”.
A referência indireta ao combate à extrema-direita se explica pela conjuntura política no Brasil e nos Estados Unidos. Recentemente, Lula reforçou a importância de manter ativas a luta e a vigilância contra o fascismo no País. Ele costuma citar a escalada da violência – a exemplo dos atos golpistas de 8 de janeiro – como prova de que Jair Bolsonaro (PL) e seus radicais ainda não estariam completamente derrotados.
Nos Estados Unidos, Donald Trump se mostra cada vez mais comprometido com a tentativa de voltar à presidência nas eleições de 2024. No fim de janeiro, ele promoveu comícios em New Hampshire e Carolina do Sul e declarou que o pleito seria a última oportunidade de salvação para o país.
O republicano voltou a alegar, sem qualquer prova, que a eleição vencida por Biden em 2020 teria sido “roubada”. Também retomou suas declarações sobre segurança pública e imigração e prometeu salvar a nação “da destruição por parte de um sistema político corrupto, radical e egoísta”.
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