Sociedade

MP pede internação provisória e avaliação psiquiátrica de jovem que matou professora em SP

As ‘circunstâncias evidenciam a impossibilidade, por ora, de o jovem permanecer em convívio social’, defendeu o órgão

Peritos da Polícia Civil na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, após aluno atacar colegas e professoras. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O Ministério Público de São Paulo pediu nesta terça-feira 28 a internação provisória do adolescente de 13 anos que matou uma professora e feriu outras cinco pessoas em uma escola da cidade de São Paulo. O órgão também solicitou que o jovem seja submetido, em caráter de urgência, a uma avaliação psiquiátrica.

“Trata-se de fato extrema e concretamente grave, praticado mediante violência real contra diversas pessoas, e de indiscutível repercussão social”, argumentou a Promotoria de Justiça da Infância e Juventude. O pedido ainda será analisado pela Justiça.

Segundo o MP, “a conduta do adolescente colocou em risco toda a coletividade de alunos e funcionários que estava presente na escola no momento do ataque, somente não tendo alcançado proporções ainda maiores porque foi impedido de prosseguir com seus atos”.

Assim, completou a Promotoria, as “circunstâncias evidenciam a impossibilidade, por ora, de o jovem permanecer em convívio social”.

Também nesta terça, o delegado Marcos Vinicius Reis, responsável pela investigação, afirmou que o agressor tentou comprar uma arma de fogo para praticar o atentado, mas não conseguiu.

“Ele de fato tentou autorizar essa arma de fogo, fez algumas pesquisas via internet e não conseguiu de fato adquirir ou ter uma arma de fogo disponibilizada, o que certamente provocaria uma letalidade muito maior”, relatou Reis. A declaração foi registrada pelo jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a investigação, o garoto também treinava em casa o ataque com uma tesoura e um travesseiro. A polícia acrescentou que ele aponta como justificativa para o ato o bullying do qual teria sido vítima em três escolas. O aluno, do 8º ano, prestou depoimento no 34º Distrito Policial horas depois de executar o atentado.

A professora de ciências Elisabete Tenreiro, de 71 anos, levou cinco facadas, teve uma parada cardíaca e não sobreviveu.

Enquanto o adolescente atacava outra vítima, uma professora de educação física identificada como Cinthia conseguiu imobilizá-lo e outra, chamada Sandra, o desarmou. O agressor foi encaminhado pela Ronda Escolar à delegacia.

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