🟢 Daltonia... Um grupo de cientistas que participou da elaboração da taxonomia de finanças sustentáveis da União Europeia atacou a inclusão de usinas nucleares e a gás natural como fontes "verdes" de eletricidade. A proposta, que deve ser finalizada este mês, diz o Financial Times, teve de equilibrar as demandas de ativistas do clima e a realidade de países dependentes da energia nuclear e do gás, especialmente com o fechamento de térmicas a carvão. Essas definições são importantes pois formarão a base do sistema de divulgações obrigatórias por partes das empresas e – espera-se – servirão de baliza para decisões de investimento. 🟢 …é comigo? As companhias europeias ainda estão longe de dar conta das regras de disclosure relacionadas à mudança climática. Segundo um levantamento do Conference Board, uma associação de grandes empresas, menos de dez entre 12 mil negócios consultados estão prontos para entregar as informações requeridas. Todas as empresas de capital aberto com mais de 500 funcionários têm de divulgar a porcentagem das receitas, dos investimentos de capital e custos operacionais cobertos pela taxonomia verde da UE. A maioria simplesmente não está a par do assunto ou então acha que ele só diz respeito a gestores e investidores, disse Anuj Saush, do Conference Board, ao FT. 🟢 Woke and proud. Na semana em que seu sucessor no comando da Unilever entrou na mira dos investidores, Paul Polman escreveu um artigo no Financial Times defendendo o capitalismo de stakeholder. Ele aponta que a ideia é atacada por políticos conservadores americanos que, cinicamente, querem que os CEOs fiquem fora da política, mas continuem fazendo doações para campanhas. "Hoje, funcionários e clientes acreditam que [o CEO] deva personificar os valores da empresa e se manifestar sobre questões fundamentais, de raça a fake news e mudança climática", escreve Polman. Alan Jope, seu sucessor na Unilever, não respondeu às críticas de um suposto foco excessivo em sustentabilidade, mas parece ter ouvido o recado sobre o desempenho do negócio: a empresa vai cortar 1.500 cargos de gerência mundialmente para ser mais ágil, noticia o The Guardian. 🟢 Circulando. A Pepsico europeia anunciou uma meta de eliminar plásticos virgens de todas as embalagens de seus salgadinhos até 2030. O plano é vender Doritos e a batatinha Lay's em sacos feitos de plástico reciclado ou de origem vegetal, segundo o ESG Today. Se o objetivo for atingido, haverá uma redução de 40% nas emissões de CO2 por tonelada de embalagens. A economia circular é um tema prioritário para empresas de bens de consumo. Uma nova fábrica de garrafas da Ambev no Paraná, anunciada no final do ano passado, vai usar cacos de vidro como matéria-prima. Em parceria com a Klabin, a Heineken quer transformar a paranaense Telêmaco Borba na primeira cidade a reciclar 100% de suas embalagens. 🟢 4 x 3. Depois do trabalho à distância, a semana de trabalho de quatro dias pode ser a grande novidade do mundo corporativo. Pelo menos é o que diz uma reportagem do FT, contando alguns exemplos que começam a pipocar. A filial britânica da japonesa Canon está pensando em um teste com seus 140 funcionários. A Unilever da Nova Zelândia, idem. Mas são poucas as companhias que abraçaram o fim de semana prolongado para sempre. Mais precisamente 7% delas, segundo levantamento da ONG Be The Business. Talvez seja só questão de tempo até a ideia pegar de vez: 80% dos executivos com menos de 35 anos defendem o dia a mais de folga. A percentagem cai para 56% entre aqueles com 55 anos ou mais. |