Nova cepa está presente em quatro cidades da Baixada Santista, que juntas somam 29 casos da variante
A variante delta do coronavírus já está presente em 12 estados brasileiros. Estudos divulgados pelo governo britânico apontam que a nova variante é 40% mais transmissível que as outras cepas. Outros levantamentos alertam que a delta pode gerar uma carga viral 1.260 vezes maior do que o coronavírus original.
Além disso, a nova cepa pode ser mais discreta que as demais: seus sintomas se assemelham a de um resfriado, não ocorrendo a perda de olfato e paladar como acontecia com as variantes Alfa, Beta e Gama.
A professora Claudia Furlan, coordenadora do curso de Enfermagem da Anhanguera, explica que com o avanço da variante, é necessário aumentar a cobertura vacinal e continuar mantendo as medidas de prevenção, pois isso pode evitar a proliferação da nova cepa.
"É importante a população manter as medidas preventivas e estar ciente da importância da imunização para barrar o avanço da doença. Todas as vacinas utilizadas no Brasil são seguras e salvam vidas", argumenta a professora.
Os cuidados também precisam ser redobrados. Pesquisadores da plataforma Info Tracker compararam dados de regiões e estimasse que o mês de setembro podemos ter um aumento significativo no número de casos em São Paulo por conta desta variante.
Segundo Claudia, o uso de álcool gel, o distanciamento e o uso das máscaras continuam sendo fundamentais para evitar o contágio.
"Além da vacinação é importante manter os cuidados que já estão sendo realizados desde o início da pandemia: usar máscara corretamente, higienização constante das mãos e manter o distanciamento social sempre que possível".
O Ministério da Saúde informou que até o momento foram registrados 497 casos da variante delta no Brasil, o que resultou em 25 óbitos. Os estados que mais registraram casos da nova cepa são: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, além do Distrito Federal.
As cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, registraram 29 casos da variante delta da covid-19 na terça-feira (31/08), segundo dados divulgados pela Secretaria de Saúde de São Paulo.
Segundo a secretário estadual, são 13 casos confirmados em Praia Grande, dez em Santos, quatro em São Vicente e dois casos em Guarujá. Os dados foram repassados pelo Instituto Butantan, que está com o Lab Móvel instalado em Santos. O equipamento é automatizado e possui capacidade de fazer até 300 análises por dia.
Com o Lab Móvel, o resultado deve sair em 24 horas, e o mapeamento genético leva de três a seis dias. Atualmente, todo o processo dura até 12 dias.
A carreta é automatizada, e há um pequeno núcleo de funcionários, que controla o funcionamento dos equipamentos e garante que os exames sejam realizados de forma eficiente.
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